POLÍTICA 2a1c45
STF muda regras das sobras eleitorais e tira mandato de sete deputados federais 5y1t1j
Redistribuição atinge diretamente parlamentares eleitos em 2022 e beneficia partidos aliados ao governo. No Tocantins, Tiago Dimas (Podemos) assume vaga de Lázaro Botelho (PP).

Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (15/05) aplicar de forma retroativa a nova regra para a distribuição das chamadas sobras eleitorais, impactando diretamente a composição da Câmara dos Deputados. A medida anula sete mandatos conquistados nas eleições de 2022, incluindo o do deputado tocantinense Lázaro Botelho (PP), cuja cadeira será assumida por Tiago Dimas (Podemos).
O entendimento da Corte é que todos os partidos, mesmo os que não atingiram o quociente eleitoral, têm direito à disputa das sobras. Essa mudança havia sido aprovada em 2024, mas o Supremo decidiu agora que a nova regra também vale para o pleito anterior.
A decisão altera significativamente o cenário político, principalmente para partidos de oposição ao Governo Federal, como PL, MDB, União Brasil e PDT, que perdem cadeiras. Em contrapartida, legendas como PSB, Psol, PCdoB e Podemos foram favorecidas com a redistribuição.
No caso do Tocantins, Lázaro Botelho, que havia sido eleito com 13.668 votos, perde sua vaga para Tiago Dimas, que obteve 42.970 votos. A Justiça Eleitoral deverá recalcular oficialmente os resultados e executar as mudanças, o que ainda pode gerar disputas judiciais.
Confira os nomes dos deputados que perdem e assumem as cadeiras:
Deputados que perdem os mandatos:
Dr. Pupio (MDB-AP)
Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
Lázaro Botelho (PP-TO)
Lebrão (União Brasil-RO)
Professora Goreth (PDT-AP)
Silvia Waiãpi (PL-AP)
Sonize Barbosa (PL-AP)
Deputados que assumem os mandatos:
Aline Gurgel (Republicanos-AP)
Paulo Lemos (Psol-AP)
André Abdon (PP-AP)
Professora Marcivania (PCdoB-AP)
Tiago Dimas (Podemos-TO)
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Rafael Fera (Podemos-RO)
O julgamento havia começado no plenário virtual, mas foi levado ao plenário físico após destaque do ministro André Mendonça. A Câmara dos Deputados tentou suspender a votação para apresentar defesa, mas o pedido foi negado. Com isso, a decisão já está sendo encaminhada à Justiça Eleitoral para cumprimento imediato.
A mudança abre precedentes que podem impactar futuras eleições e elevar ainda mais os debates sobre regras eleitorais e representatividade no Congresso Nacional.
(Redação do Araguaína Urgente)