Monitoramento remoto 3d6ji
Nova ponte entre Tocantins e Maranhão terá tecnologia para monitorar deformações e vibrações, diz DNIT 2e4kp
Previsão é que a ponte seja entregue até o final deste ano, conforme o governo federal. Estrutura que ficou de pé após o desabamento foi implodida e equipes fazem a retirada dos entulhos para dar início às obras.

A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Tocantins e Maranhão, foi implodida e outra será construída no mesmo local. Essa nova estrutura receberá um sistema que deve monitorar as deformações e vibrações, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O DNIT informou que o monitoramento será remoto, mas ainda não há definição sobre o local onde a central será instalada. Esse será um projeto piloto, ou seja, a primeira vez que esse tipo de sistema será aplicado em uma ponte sob a responsabilidade do Departamento, podendo ser expandida para outras obras (veja nota completa abaixo).
O sistema faz um monitoramento por meio de sensores que identificam vibrações, inclinações e deformações da ponte. Segundo o DNIT, a indicação para instalações dos sensores e suas características serão definidas após estudo técnico. Uma empresa será contratada para implantar e operar o sistema.
Implosão da ponte
Para que a nova ponte seja construída, as partes remanescentes da Juscelino Kubitschek tiveram que ser implodidas. A operação aconteceu na tarde do último domingo, 2, e durou menos de 15 segundos. As estruturas receberam 250 kg de explosivos.
As máquinas já trabalham no local para fazer a retirada dos entulhos. Serão quebradas e retiradas 7,5 mil toneladas de concreto, asfalto e estrutura metálica. A próxima etapa após a implosão é a limpeza do local, por meio de uma técnica chamada de fragmentação mecanizada, que irá remover os escombros e o pilar que permaneceu em pé.
Um consórcio foi contratado pelo DNIT para reconstrução da ponte, que ficará sobe a responsabilidade das empresas: Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitadas. O valor total do contrato é de R$ 171.969.000.
Segundo o diretor de infraestrutura rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Fábio Pessoa da Silva, quando boa parte do concreto for retirado as obras darão início.
O engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias foi o responsável pela implosão da ponte. Ele considera que a ação foi um sucesso e gerou baixas vibrações na barragem, ferrovia e casas próximas ao rio Tocantins.
Desabamento do vão central
O vão da ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. A estrutura liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Um vereador de Aguiarnópolis que denunciava a situação precária da estrutura flagrou o acidente.
No momento em que a ponte caiu, duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões avam pelo local. Três desses caminhões carregavam ácido sulfúrico e agrotóxicos. A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da ponte.
Conforme a Marinha, 14 pessoas morreram e três ainda estão desaparecidas. Um homem de 36 anos foi o único sobrevivente na tragédia. Veja quem são as vítimas:
– Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos
– Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos
– Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos
– Ansio Padilha Soares, de 43 anos
– Silvana dos Santos Rocha, de 53 anos
– Andreia Maria de Sousa, de 45 anos
– Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos
– Alison Gomes Carneiro, de 57 anos
– Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos
– Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos
– Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos
– Beroaldo dos Santos, de 56 anos
– Alessandra do Socorro Ribeiro, 50 anos;
– Marçon Gley Ferreira, de 42 anos;
– Salmon Alves Santos, 65 anos (desaparecido);
– Felipe Giuvannucci Ribeiro, 10 anos (desaparecido);
– Gessimar Ferreira, 38 anos (desaparecido).
Íntegra da nota do DNIT
O DNIT informa que a nova ponte de Aguiarnópolis terá um sistema de monitoramento remoto de estrutura das Obras de Artes Especiais (OAEs), com instalação de sensores capazes de identificar vibrações, deformações, inclinações, entre outras contingências. Trata-se de um sistema piloto que irá modernizar o monitoramento de OAEs e poderá se expandido para outras pontes.
A central será remota e, no momento, sem definição do local. A indicação para instalações dos sensores e suas características serão definidas após estudo técnico.
Uma empresa será contratada para instalar e operar o sistema e os detalhes operacionais serão definidos em projeto.
É a primeira vez que o sistema será instalado em pontes sob jurisdição do DNIT.
(Com informações do G1 Tocantins)
(Foto: Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins)
