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Polícia Civil prende duas pessoas envolvidas em um homicídio ocorrido em janeiro deste ano em Paraíso 566b1h
Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Paraíso do Tocantins

Duas pessoas foram presas pela Polícia Civil do Tocantins na manhã desta quarta-feira, 12, por envolvimento no homicídio de Marcos Antônio Rocha Costa, conhecido como Roy, cujo corpo foi encontrado no dia 25 de janeiro, em uma região de difícil o na Serra de Paraíso, Setor Serrano I, em Paraíso do Tocantins.
Ao todo foram cumpridos dois mandados de prisão em desfavor de H.S. (vulgo Sílvia, 23 anos) e T.N.C. (vulgo Atribulado, 24 anos) e quatro mandados de busca e apreensão em Paraíso do Tocantins. Um terceiro envolvido no crime, G.S.M. (vulgo Solução, 26 anos), está foragido.
A Operação foi deflagrada pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso do Tocantins), sob o comando do delegado Antônio Onofre de Oliveira da Silva Filho, com o apoio da da 55ª Delegacia de Divinópolis, das 62ª e 63ª DPs de Paraíso e do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE).
Ao serem presos, H.S. e T.N.C. foram conduzidos para sede da DEIC – Paraíso, onde estão sendo ouvidos e em seguida serão encaminhados para as unidades penais correspondentes.
Execução cruel
O delegado Antônio Onofre destaca que as investigações revelaram detalhes perturbadores sobre o crime. Roy foi morto por pessoas que considerava serem suas amigas. “Na noite anterior ao assassinato, dia 23 de janeiro, ele e os envolvidos estavam juntos, se divertindo, consumindo bebidas alcoólicas e frequentando diversos estabelecimentos na cidade. No amanhecer do dia 24, o grupo se deslocou para a casa de Sílvia, no setor Vila Regina, onde continuaram a se divertir. Por volta das 6h30, os autores convenceram a vítima a acompanhá-los para comprar mais bebidas. No caminho de volta, porém, mudaram a rota e seguiram para um local ermo, onde Roy foi covardemente assassinado”, ressalta a autoridade policial.
As evidências demonstraram que a vítima não teve qualquer chance de defesa, sendo atacada com seis golpes de faca (três nos braços e três nas costas), além de receber violentas pancadas na cabeça. “O corpo foi abandonado como se fosse um objeto descartável”, frisa o delegado.
7 minutos
Imagens de câmeras de segurança dos estabelecimentos comerciais e de ruas próximas aos locais por onde aram, registraram os momentos que antecederam o crime. Às 6h39, Roy foi visto comprando bebida e cigarro em um comércio local, utilizando o cartão da namorada. Alguns minutos depois, o veículo Gol preto, de propriedade de Sílvia, foi flagrado entrando na estrada do antigo Clube Éden Serrano. Sete minutos depois, os assassinos saíram do local, deixando o corpo de Roy para trás.
“O que mais impressionou foi a indiferença dos autores. Após cometerem o homicídio, Atribulado e Solução retornaram à casa de Sílvia, com a cerveja e cigarro que Roy havia comprado e continuaram bebendo, como se nada tivesse acontecido. Em um ato de total desprezo pela vida, chegaram a enganar a namorada da vítima, alegando que Roy tinha entrado em um outro carro com outros amigos”, ressaltou o delegado.
Tentativa de ocultação do crime e fuga
Horas depois do crime, um vídeo com imagens do corpo de Roy foi apresentado à sua namorada, antes mesmo de os policiais da 6ª DEIC encontrarem o cadáver. No local do crime, os policiais localizaram também a faca supostamente usada no assassinato e demais vestígios do crime. Após o homicídio, Sílvia tentou se livrar do veículo, escondendo-o, dando apoio no sentido de ocultar provas e evadiu da cidade no mesmo dia.
“A brutalidade e a frieza demonstradas pelos envolvidos tornam o crime ainda mais hediondo. O assassinato foi premeditado e executado sem qualquer remorso. A vítima confiava em seus algozes, os quais não hesitaram em traí-la de forma cruel e covarde”, ponderou.
Próximos os da investigação
Com a prisão dos suspeitos, a apreensão do veículo e os elementos ligados ao crime, a Polícia Civil avança para a elucidação completa do caso, através de análises e exames periciais.
A polícia agora trabalha para localizar o terceiro suspeito, identificar a motivação do crime e concluir o inquérito, que será encaminhado ao Poder Judiciário.
(Da ascom da SSP TO)
(Foto: Divulgação PCTO)